A desospitalização é uma tendência que cresce a cada dia e a engenharia clínica deve acompanhar essa novidade, pois onde existe tecnologia em saúde, ali estará o engenheiro clínico.
Por isso, precisamos falar sobre uma Engenharia Clínica difundida nos mais variados ambientes para além dos hospitais. E é sobre isso que iremos abordar neste artigo.
Engenharia Clínica e o Home Care
Você também achava que a EC atuava somente em ambientes hospitalares?
Desde 2018, o Brasil teve um crescimento de 38% de empresas focadas em Home Care e isso não é à toa, já que, o número da população idosa aumentou consideravelmente no país.
Com esse crescimento uma nova necessidade surgiu: o acompanhamento diário de cuidados médicos em pacientes da terceira idade.
Além disso, com a chegada do novo corona vírus, a necessidade de desocupação rápida de leitos e menor exposição do grupo de risco ao vírus contagioso foram fatores que tornaram o Home Care uma opção para manter o atendimento desse grupo.
Mas qual a relação com a Engenharia Clínica?
Segundo a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), a Engenharia Clínica (EC) é a área responsável “pela gestão das tecnologias utilizadas nas atividades produtivas de procedimentos ligados à assistência ao paciente, estabelecendo as estratégias de gestão da vida útil dessas tecnologias incorporadas através de rotinas de manutenções preventivas e corretivas”. Além disso, a Resolução RDC nº 11/2006 define que o Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD) deve garantir a calibração e manutenção preventiva dos equipamentos médico-hospitalares.
E assim como no ambiente hospitalar, alguns pacientes home care necessitam de aparelhos de baixa e média complexidade, como: oxímetros de pulso, monitores multiparamétricos, balões de oxigênio, concentradores de oxigênio, desfibrilador cardíaco, e ventiladores pulmonares do tipo BIPAP.
Por isso, é importante contar com a ajuda de um profissional especializado para a manutenção e calibração deste tipo de equipamento, mantendo a segurança do paciente mesmo em home care.
Outras áreas de atuação da EC
Como falamos alguns parágrafos acima, a Engenharia Clínica é habitualmente reduzida a um único ambiente das áreas de atuação, neste caso, os hospitais.
Mas, existem várias frentes em que um engenheiro clínico pode atuar, para além das atividades exclusivamente operacionais.
Outras áreas de atuação:
- clínicas de diagnóstico por imagem;
- laboratórios de análises clínicas;
- empresas terceirizadas;
- consultoria especializada;
- pesquisa acadêmica;
- empresas de healthtech.
Quais os benefícios da implementação da engenharia clínica em outras áreas de atuação?
Temos alguns artigos falando sobre a importância da engenharia clínica em hospitais, mas vale ressaltar que essa importância também se aplica aos outros ambientes em que um EC atua.
Porém, vamos resumir alguns pontos desses benefícios:
redução de gastos com manutenção;
diminuição do tempo de ociosidade dos equipamentos;
avaliação da conformidade dos orçamentos;
melhor controle das empresas prestadoras de serviço e consequente melhoria de qualidade;
equipe médica, enfermeiros e demais profissionais da saúde passam a executar suas funções principais com maior tempo hábil;
treinamento constante dos operadores;
otimização da compra de máquinas e equipamentos;
melhor elaboração e controle dos contratos de manutenção;
maior qualidade técnica dos equipamentos;
melhorias garantidas a partir da validação e auditoria dos indicadores.
Conclusão
Neste artigo tivemos a oportunidade de entender melhor os locais em que se faz necessário a presença da Engenharia Clínica, para gestão, controle, calibração e manutenção de equipamentos que não estão somente em hospitais.
Além disso, vimos um pouco dos benefícios que a atuação da engenharia clínica em outros setores pode oferecer.
Se este artigo ajudou você, deixe nos comentários a sua opinião: