Importância e uso do oxímetro de pulso na pandemia

Um pequeno oxímetro de pulso pode ser usado no atendimento clínico primário para determinar a saturação de oxigênio.

O mundo inteiro foi afetado pela pandemia de COVID-19 causada pelo coronavírus emergente (SARS-CoV-2), que ataca especificamente o sistema respiratório e reduz a capacidade de transporte de oxigênio para desenvolver hipóxia/dispneia.

Os pacientes gravemente afetados com COVID-19 precisam de ventiladores para sobreviver e atender à necessidade de oxigênio.

O gerenciamento da avaliação primária do nível de oxigênio torna-se uma tarefa desafiadora nos hospitais devido ao grande número de pacientes com COVID-19.

De fato, o oxímetro de pulso pode ser usado significativamente para observar a saturação de oxigênio em pacientes em quarentena ou hospitalizados.

Assim sendo, o oxímetro de pulso tornou-se um divisor de águas na pandemia de COVID-19 para detectar a necessidade de oxigênio em pacientes.

No entanto, existem vários fatores que afetam a sensibilidade do oxímetro de pulso que precisam entender para obter uma leitura precisa. Diante disso, o presente artigo discute:

(i) papel do oxímetro de pulso no gerenciamento do COVID-19

(ii) princípio básico de engenharia do oxímetro de pulso

(iii) vários fatores que afetam a sensibilidade

(iv) prós, contras e desafios no uso de o oxímetro de pulso.

Oxímetro de pulso no gerenciamento da pandemia de COVID

oxímetro de pulso

O oxímetro de pulso é um pequeno dispositivo não invasivo que é usado para determinar a hipóxia em pacientes.

A principal função do oxímetro de pulso é determinar a quantidade de saturação de oxigênio, que indica a quantidade de oxigênio no sangue.

Mais particularmente, é a % de hemoglobina oxigenada em comparação com a quantidade total de hemoglobina (Hb) no sangue.

No caso do COVID-19, os principais sintomas comuns observados no início da doença são febre, fadiga, tosse seca, mialgia e dispneia.

Conforme a evolução do quadro, pacientes com dificuldade para respirar na infecção por COVID-19 apresentam desenvolvimento de pneumonia.

Visto que, a capacidade de troca de oxigênio dos pulmões diminui e a hipóxia/dispneia subsequente é desenvolvida, que está associada à TC / radiografia de tórax anormais, opacidades em vidro fosco, ausculta pulmonar, crepitações, múltiplas sombras semelhantes a manchas, derrame pleural, ‘ alteração e consolidação semelhantes a pulmão branco.

Para monitorar/gerenciar essa situação, dois instrumentos médicos são essencialmente necessários:

(i) oxímetro de pulso (para determinar a saturação de oxigênio no sangue)

(ii) ventilador (para fornecer oxigenoterapia)

Os oxímetros de bolso portáteis estão disponíveis comercialmente, o que pode desempenhar um papel crucial na determinação da capacidade de transporte de oxigênio.

Níveis de saturação

O nível normal de saturação de oxigênio na maioria dos indivíduos saudáveis ​​está na faixa de 94-99% (nível de SpO 2 ≥ 94%).

Em casos moderados de pacientes com COVID-19, o nível de saturação de oxigênio cai para 90% (%SpO 2 ∼ 90%), enquanto em casos mais graves o nível de saturação de oxigênio pode diminuir até 70% e abaixo (%SpO 2 ∼ 70%), o que é mais perigoso, difícil de recuperação rápida e, posteriormente, aumenta a taxa de fatalidade.

Uma solução importante para evitar o aumento da situação de emergência é fazer a avaliação contínua da saturação de oxigênio (pelo oxímetro de pulso) do COVID-19 e colocar em quarentena os pacientes em intervenção precoce, o que pode evitar a gravidade da doença e oferecer tratamento de suporte bastante rápido devido ao monitoramento contínuo em tempo real.

Nesse meio tempo, médicos de todo o mundo reconheceram o oxímetro de pulso como um ‘Game Changer’ e recomendaram o uso de oxímetro de pulso portátil para autoavaliação.

O oxímetro de pulso pode desempenhar um importante papel indicador na ausência de sintomas de falta de ar e fornecer um sinal de alerta prematuro relacionado à pneumonia por COVID-19.

Além do mais, detecta a gravidade da doença em pacientes e ‘hipóxia silenciosa’ em pacientes assintomáticos com COVID-19.

Assim, o uso do oxímetro de pulso está desempenhando um papel importante no manejo de pacientes com COVID-19 no hospital e na fase de quarentena.

Fatores que afetam a sensibilidade do oxímetro de pulso

oximetro de dedo

Vários tipos de oxímetros estão disponíveis no mercado, que podem ser usados ​​para prender no pavilhão auricular, nariz, dedo, testa, sola e dedo do pé.

Por outro lado, uma ligeira mudança na posição do acessório pode variar a leitura de % SpO 2 .

Portanto, a fixação do oxímetro de pulso no dedo é mais fácil e amplamente utilizada.

Hanning e Williams sugeriram que os dedos ou o pavilhão auricular são geralmente as melhores opções para conectar a sonda do oxímetro de pulso no hospital, enquanto os dedos dos pés mostraram má perfusão.

Os dedos são o melhor local para a fixação do dispositivo, visto que oferece leituras estatisticamente significativas.

Além disso, eles descobriram que as sondas do nariz e da testa estão mostrando leituras ruins e não reproduzíveis.

No entanto, a sola um local adequado para conectar a sonda no hospital que ofereceu menor valor de viés.

Assim, considerando o uso do dispositivo portátil, o dedo é um local adequado e conveniente para a fixação de sonda não descartável para obter leitura única devido à melhor perfusão, menor movimentação e higienização fácil, rápida e frequente.

Dedos da mão

Para o uso regular do oxímetro de pulso, é essencial usar um único dedo por toda parte e constantemente para medição diária.

A influência de diferentes dedos nos valores de % SpO 2 sob a condição padrão.

O dedo médio da mão dominante fornece as medidas de SpO 2 estatisticamente mais precisas.

Isso pode ser atribuído o suprimento sanguíneo das artérias ulnar e radial para o dedo médio.

No entanto, o uso do dedo indicador que é alimentado a partir do arco palmar profundo da artéria radial, isto é, o dedo médio ou indicador da mão dominante pode ser usado para fazer leituras regulares via oxímetro de pulso portátil com alta precisão.

Situação fisiológica

A precisão do oxímetro de pulso é variada durante o artefato de movimento.

Por isso não é recomendado medir a saturação de oxigênio durante o exercício e imediatamente após o exercício, porque o exercício sempre exige maior necessidade de oxigênio.

Tremores de mãos/corpo e geradores de movimento (instrumentos de alta frequência) também afetam a leitura do oxímetro de pulso.

Embora seja sempre uma dúvida qual posição do corpo é superior para a leitura na medição diária.

Por isso, várias posições do corpo foram estudadas, por exemplo: sentado, ereto, decúbito dorsal/prono e deitado de lado esquerdo/direito.

No entanto, a saturação de oxigênio foi estatisticamente mais significativa na posição sentada ereta.

Aliás, maior saturação de oxigênio pode ser alcançada na posição sentada ereta, enquanto a posição supina deu menor saturação de oxigenação.

Em conclusão, sentar-se ereto estável (sem movimento) é a melhor maneira de medir a leitura pelo oxímetro de pulso, além do que, a posição do dedo com o oxímetro de pulso deve ser reta e em nível inferior ao do coração para obter leitura mais significativa.

Temperatura

O efeito da temperatura é essencial para entender o impacto da temperatura na leitura do oxímetro de pulso.

A hipertermia local diminui o valor da % SpO 2 e vice-versa (a hipotermia aumenta o valor da % SpO 2 ) o que é atribuído ao aumento da saturação venosa periférica de oxigênio em condição quente.

Além disso, os aparelhos apresentavam resposta imprecisa em situação de hipotermia devido à alteração da perfusão. Assim, a partir das evidências, pode-se concluir que a temperatura corporal normal ofereceu uma leitura mais precisa da %SpO 2 .

Interferência por energia elétrica e luz difusa

a luz artificial

O oxímetro de pulso funciona de acordo com o princípio da lei de Beer-Lambert, portanto, a luz é um fator importante que afeta a sensibilidade do oxímetro.

O ambiente normal ou a luz natural tem um efeito insignificante na leitura. No entanto, o excesso de luz ambiente ou luz fluorescente brilhante ou radiação de alta intensidade perto do oxímetro de pulso pode dar pseudo leituras.

Assim, a medição dos oxímetros de pulso pode dar erro devido à interferência de rádio de alta frequência, fontes de luz de alta intensidade, como luz infravermelha, luz de xenônio, luz de fibra óptica e luz fluorescente.

Todas essas interferências de luz difusa são minimizadas em oxímetros de pulso modernos.

Além disso, o efeito das radiações parasitas e sua interferência podem ser minimizados envolvendo/blindando o sensor com um material escuro/preto; isso pode oferecer uma leitura precisa.

Esmalte, unhas compridas e manchas

Diferentes brilhos/não-brilhos/manchas/cores aplicados na unha afetam a sensibilidade do oxímetro, pois basicamente ele trabalhando no princípio da lei de Beer-lambert.

O impacto de diferentes cores de esmaltes que causam mudanças notáveis ​​na leitura do oxímetro de pulso.

Ainda assim, existe influência negativa das unhas acrílicas ou artificiais na leitura.

Além disso, as aplicações dos corantes de Henna aderem à pele com tanta firmeza que não são removidos facilmente (apesar do uso de vários solventes, polidores/removedores de manchas) em caso de emergência médica.

Esses corantes de Henna deram erro significativo na medição da leitura do oxímetro de pulso.

Assim, em conclusão, é extremamente necessário remover o esmalte/unha acrílica/unhas artificiais ou manicure à base de gel antes de fazer a leitura, o que pode ser um motivo para erro na leitura real.

Conclusão

O oxímetro de pulso é um dispositivo pequeno, não caro, não invasivo e de fácil utilização, que pode ser usado em cuidados clínicos primários para determinar a saturação de oxigênio.

Pode ser usado significativamente para observar a saturação de oxigênio em pacientes em quarentena ou hospitalizados.

Assim, o oxímetro de pulso tornou-se um divisor de águas na pandemia de COVID-19 para detectar a necessidade de oxigênio em pacientes.

Além disso, detecta a gravidade da doença em pacientes e ‘hipóxia silenciosa’ em pacientes assintomáticos com COVID-19.

Portanto, o uso do oxímetro de pulso está desempenhando um papel muito importante no gerenciamento da pandemia de COVID-19.

No entanto, existem vários fatores associados ao uso preciso do oxímetro de pulso que precisam ser compreendidos para obter a leitura correta. 

A influência de vários fatores pode ser facilmente detectada pelo uso adequado do oxímetro de pulso.

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